1:24:00
se fosse uma doutorada de 65 anos
a dizê-lo, vê-lo-iam como eu vi:
1:24:06
como uma verdade, como uma
verdade legítima e científica.
1:24:12
Mas não é.
É completamente ridículo.
1:24:21
Menti a todos vocês e menti
a mim própria porque...
1:24:26
...a verdade é que...
1:24:31
...eu estava desgostosa e perdida
1:24:35
e só queria compreendê-lo
de alguma forma.
1:24:38
Queria que a culpa fosse deles.
1:24:43
Tudo o que eu pensava ter percebido
estava completamente errado.
1:24:47
Pensava que o meu boi tinha ido para
uma Vaca Nova, mas afinal era Velha.
1:24:52
Que me passou pela cabeça? Estava
a comparar os homens a animais,
1:24:58
embora eles às vezes o sejam,
sejamos realistas.
1:25:03
Mas, outras vezes, não o são.
1:25:06
Às vezes, abrimos a porta do celeiro,
a porta do quarto de um hospital...
1:25:13
...ou a porta do quarto...
1:25:17
...e encontramos a coisa real.
Encontramos um homem que...
1:25:24
...se senta connosco quando estamos
mesmo em baixo, a chorar baba e ranho,
1:25:28
com uma cara que parece um saco
de boxe, uma autêntica lástima...
1:25:36
...e, ainda assim,
ele olha para nós e diz...
1:25:39
...que o Ray não é o último
homem que vamos amar.
1:25:58
Eddie.