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. . .e ainda uma dedicacão total
à arte de fazer cinema.
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Ficava tudo bem desmoralizante quando,
por vezes, ele mudava de ideias. . .
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. . .mas sempre que o fazia,
melhorava o produto final.
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Aprendi muito, naquele filme.
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Tenho um plano.
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Mein Führer!
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Consigo andar!
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De início, chocou-me.
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Era tão irreverente,
no auge da Guerra Fria.
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Eu estudava na NYU, na altura, mas
alguns dos amigos com quem vi o filme
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estudavam numa Universidade jesuíta
chamada Fordham, outros não estudavam.
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Fomos ver este filme.
Eles adoraram.
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E eram muito conservadores.
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A opinião geral era:
"É excelente. "
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Senti uma emoção estonteante,
no final.
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Quando ela cantava
"We'll meet again, don 't know where"
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E ele ia na bomba, eu pensei:
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Sydney Pollack
Realizador
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"Quem terá tido imaginação
para se lembrar disto?"
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Dr. Estranhoamor causou comocão.
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O público mais jovem adorou a sua
irreverência e humor anárquico. . .
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. . .mas muitos encararam-no
como perigosamente subversivo.
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Lembro-me de ler uma crítica, num
jornal de Beverly Hills, penso eu. . .
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. . .em que o crítico dizia que
o Stanley devia levar uma tareia. . .
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. . .por ter feito o filme.
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É uma crítica muito má,
devo dizer.
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Não me lembro de nenhum filme
do Stanley Kubrick. . .
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. . .que não tenha sido causa
de controvérsia.
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Lembro-me bem do 200 1.
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Lembro-me da crítica que
Pauline Kael fez do 200 1.
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Não foram críticas positivas.
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Daí a dez anos, todos os filmes
se tornaram clássicos.