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Ele compreendeu, quando se faz
um filme. . .
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. . .que não sabemos o que queremos
até o vermos.
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Experimentaste?
Vamos tentar.
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De uma forma, ou de outra. . .
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. . .senti-me totalmente recompensado. . .
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. . .pelo tempo que passei com
o Stanley.
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Se trabalharmos só pelo dinheiro,
a sensação poderá ser diferente.
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Eu senti que. . .
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. . .não tinha a menor
razão de queixa.
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Kubrick tinha comecado a desenvolver a
ideia de Nascido Para Matar em 1 980.
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Quando estreou, sete anos depois. . .
1:50:37
. . .vários filmes sobre o Vietname
já tinham chegado ao ecrã.
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Kubrick, o grande inovador, tinha sido
ultrapassado por outros cineastas.
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Mesmo assim,
foi visto por muitas pessoas. . .
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. . .por englobar todas as marcas
distintivas de um filme de Kubrick.
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Ele não gostou do facto
de ter feito tão poucos filmes.
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Sempre disse que gostaria
de ter feito mais.
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Se houve algum aspecto negativo,
na vida dele. . .
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. . .foi ter a noção de que era lento.
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Outro aspecto que me chamou a atenção,
no Stanley. . .
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. . .foi o facto de restarem obsessöes
que ele não conseguiu concretizar.
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Alan Yentob
Director Criativo, BBC
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A sua fascinação pela segunda Guerra
Mundial e pela indústria do cinema. . .
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. . .e Goebbels, durante esse período.
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Durante anos, Kubrick tinha tentado
arranjar uma forma. . .
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. . .de ilustrar a chocante desumanidade
do Holocausto num filme.
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Transformou o livro de Louis Begley,
Wartime Lies...
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. . .em Aryan Papers...
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. . .a história de uma família judia que
tentava fugir à captura pelos Nazis.
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Quando já estava pronto
para iniciar a produção. . .
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. . .Spielberg já tinha começado a rodar
A Lista de Schindler.
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Por achar que havia demasiadas
semelhancas. . .
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. . .Kubrick arquivou com relutância
Aryan Papers.
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Para além disso, sentiu que era
uma história impossível de contar.
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"Se eu quiser mostrar o que li
e o que sei que aconteceu. . . "
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E ele lia tudo.