:17:01
Fez esta pistola como oferenda,
na esperança
:17:05
que o filho do fidalgo
desposasse a sua filha.
:17:14
Os habitantes da vila esperaram
três meses para ver a pistola.
:17:22
Finalmente, o grande dia chegou.
:17:24
Nunca ninguém vira
pistola mais bela.
:17:30
Era tudo o que tinham esperado.
:17:32
Alguns até a acharam
demasiado bela para a olhar.
:17:41
Considerava-se uma honra,
e que traria sorte,
:17:44
ser o primeiro a disparar
uma pistola nova.
:17:49
Especialmente uma tão bela como esta,
feita para um fidalgo.
:17:59
O aldeão estava em transe
perante a perfeição da pistola.
:18:24
O tiro saiu pela culatra,
matando-o instantaneamente.
:18:41
Diz a lenda que, desde então,
está amaldiçoada.
:18:45
Mas a mim não me fez mal nenhum.
Adoro olhar para ela.
:18:52
Deixa-me mostrar-te uma coisa.
Vê, tem uma bala.
:18:56
É feita à mão. À mão, porra.