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seis milhões de anos
para o hominídeo,
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100.000 anos para o género humano
tal como o conhecemos...
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começamo-nos a aperceber da natureza
telescópica do paradigma evolucionista.
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E assim, quando pensamos
na agricultura,
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na revolução científica
e na revolução industrial,
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estamos já a olhar para há 10.000,
400 e 150 anos atrás.
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Apercebemo-nos ainda mais
do afunilamento do tempo evolutivo.
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O que quer dizer que, à medida que
avançarmos para uma nova evolução,
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teremos a possibilidade de
focar a sua manifestação
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no espaço de uma vida,
nesta mesma geração.
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A nova evolução
tem origem na informação,
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e em dois tipos de informação:
a digital e a analógica.
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A digital é a inteligência artificial.
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A analógica resulta da biologia
molecular, da clonagem do organismo.
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E fundimos as duas
com a neurobiologia.
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Anteriormente,
no velho paradigma evolucionista,
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uma delas morria e a outra
crescia e dominava,
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mas, com o novo paradigma,
subsistem ambas
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como agrupamento cooperativo
numa base não competitiva.
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Claro, independentes
do meio externo.
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Assim, a evolução converte-se
num processo centrado no indivíduo,
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emanando dos seus próprios
desejos e necessidades,
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e não como um processo externo,
passivo...
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em que o indivíduo
está subjugado ao colectivo.
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Produz-se assim um neo-humano,
com uma nova individualidade
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e uma nova consciência.
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Mas isto é apenas o início
do ciclo evolutivo...
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porque, à medida que este se processa,
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o impulso está nesta nova inteligência.
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À medida que as inteligências
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e as habilidades se vão sobrepondo,
a velocidade vai variando.
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De que modo? Até se atingir
um crescendo que
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se pode imaginar como uma tremenda
realização instantânea do potencial do humano:
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humano e neo-humano.
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Poderá ser algo totalmente diferente.
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Poderá ser a amplificação do indivíduo,
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a multiplicação das existências individuais.
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Existências paralelas concretas, com o indivíduo
não mais limitado no tempo ou no espaço.
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E as manifestações
desta evolução neo-humana,
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poderão revelar-se
dramaticamente imprevisíveis.