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que as mantém unidas.
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E então, para esta nova mente,
a personagem principal
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será uma mente muito maior.
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Uma mente que ainda está para ser.
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E quando estivermos realmente
nesta perspectiva,
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aperceber-nos-emos de
uma subjectividade radical,
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centralização total na individualidade,
o carácter único daquilo que é o espírito,
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que se abre a uma enorme objectividade.
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Por isso, agora, a história
passa a ser a história do cosmos.
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O momento não é apenas
um instante de nada que passa.
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E isto na medida em que
tais passagens secretas acontecem.
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Sim, um vazio tão tremendamente cheio...
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que o grande momento,
a enorme vida do universo...
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pulsa dentro dele.
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E cada um deles, cada objecto,
cada lugar, cada acto...
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deixa uma marca.
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E esta história é única.
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Mas, de facto, é uma história
a seguir a outra história.
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O tempo dissolve-se, de resto, em partículas
que giram a enorme velocidade.
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Ou sou eu mais rápida ou é o tempo.
Nunca os dois simultâneamente.
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É um paradoxo tremendamente estranho.
Apesar de, tecnicamente,
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estar mais próxima do fim da minha vida
do que nunca estive,
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sinto-me como se nunca tivesse
tido tanto tempo pela frente.
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Quando era miúda, era um desespero,
uma necessidade de certezas,
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como se houvesse uma meta,
e eu tivesse que chegar lá.
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Percebo o queres dizer
porque me lembro de pensar,
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"Um dia, talvez quando tiver
para aí uns trinta e tal,
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tudo, de algum modo, se irá acomodar
e parar, terminar de vez."
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É como se esse patamar existisse
e estivesse à minha espera,
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e eu escalasse até ele,
e quando lá chegasse,
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todo o crescimento
e mudança parariam.