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Contudo, nos dias seguintes,
eu tive um sentimento estranho.
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Como uma presença me observando
dentro da minha mente.
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E eu não gostei.
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Você não tem um filho, tem?
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O quê?
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Você não tem um filho, tem?
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Claro que tenho um filho!
Do que você está falando?
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Não, você não tem.
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Tenho te observado,
e você não tem um filho.
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- O que você acha, afinal?
- Nada.
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Exceto que você tem mentido para mim,
minha mãe e a amiga dela.
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- Posso entrar?
- Não.
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Por que?
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Porque eu estou ocupado.
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- O que você está fazendo?
- Estou assistindo TV.
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Eu poderia assistir com você,
se quiser.
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É muito gentil de sua parte, Marcus...
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...mas eu me viro sozinho,
obrigado.
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Você não tem lição de casa
pra fazer, ou qualquer coisa?
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- Sim. Quer me ajudar?
- Não, não foi o que eu quis dizer.
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Quis dizer, por que não vai
para casa fazer sua lição?
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Vou fazer um trato com você.
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Não conto para ninguém que você não tem
um filho, se você sair com a minha mãe.
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Porque iria querer que sua mãe saísse
com alguém como eu?
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Você não é tão mal.
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Quero dizer, você contou mentiras,
mas fora isso você parece legal.
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E ela está triste.
Acho que ela gostaria de um namorado.
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Sabe...
Eu não posso sair com alguém...