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Seis dias depois,
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enquanto fazíamos um reconhecimento
da fronteira iraquiana,
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o pobre Eddie activou
uma mina anti-tanque.
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Todos vimos.
Ele ia na frente do pelotão.
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Um clarão ofuscante
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e uma explosão ensurdecedora. Quando
nos levantámos, o Eddie estava...
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... morto.
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Apenas pedaços do seu corpo.
Era o que restava dele.
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Um grande círculo vermelho.
Cem metros.
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Digo-vos uma coisa.
Isto põe as coisas em perspectiva.
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Quando temos de apanhar um amigo
com uma pá e metê-lo num saco.
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Em todo o caso, o que nos lixava
a cabeça naquele dia,
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era reconhecer partes do corpo.
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Um pedaço de orelha, dedo do pé,
nariz, um dente.
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Mas o que nos levou à loucura
nesse dia,
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foi quando o Charlie "Canhoto"
encontrou o pedaço com a tatuagem.
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Tudo o resto estava queimado,
coberto de sangue. Feito em papa.
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Mas não aquele pedaço.
Estava intacto.
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Lá estava o diabo,
a rir-se na nossa cara.
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Podemos dizer que Eddie tinha razão.
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Satanás salvou-lhe a pele,
ainda que não a tenha salvo toda.
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Ou então teve azar.
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De qualquer modo, ensinou-me
a manter-me atento.
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Pum pum.
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Enfim...
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À saúde do Eddie Oswald.
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- Ao Eddie.
- Ao Eddie.