:21:02
Já contactámos a sua seguradora.
:21:05
A sua apólice não cobre
uma intervenção destas.
:21:10
Estão enganados.
:21:11
Não digo que o engano seja vosso,
mas ele...
:21:13
O meu filho está coberto
pelo meu seguro.
:21:17
E a senhora, Sra. Archibald,
também tem seguro?
:21:19
Só trabalho no supermercado
há alguns meses
:21:22
e só temos esses benefícios passado...
- Não interessa, temos seguro.
:21:28
Vejo aqui que não têm casa própria,
:21:31
não têm acções,
fundos ou investimentos.
:21:34
Têm de lado
pouco mais de mil dólares.
:21:36
Mas temos seguro!
:21:37
Até é possível, mas têm
de esclarecer isto com a seguradora.
:21:40
Entretanto, temos de o tratar
como um paciente particular.
:21:43
O quê?!
:21:44
- Quanto custa um transplante?
- Espera, querida, deixa-me falar.
:21:47
Quanto custa um transplante?
:21:49
A intervenção, os honorários
do médico, cuidados pós-operatórios,
:21:52
medicamentos imunossupressores...
Custa no mínimo 250 mil dólares.
:21:57
A decisão de optar
pelo transplante é vossa,
:22:01
mas o hospital tem uma política rígida
quanto a pacientes particulares.
:22:06
Exigimos um sinal para pôr o nome
do paciente na lista de receptores.
:22:11
- Quanto?
- De quanto é o sinal?
:22:12
São 30%. Dá 75 mil dólares.
:22:15
Setenta e cinco mil dólares...
:22:20
...para pôr o nome do meu filho
numa lista.
:22:22
O nosso filho está a morrer
e vocês falam-nos em dinheiro?!
:22:25
Os cuidados médicos custam dinheiro.
:22:28
É caro para vocês e é caro para nós.
:22:30
Lamento, mas temos de garantir
o pagamento antes de o pôr na lista.
:22:37
Sr. E Sra. Archibald,
esperem, por favor!
:22:41
Se não querem tratá-lo,
vamos para o Hospital Municipal.
:22:45
- Não vos aconselho.
- Têm de o tratar!
:22:48
Não têm nada.
:22:49
O transplante de coração
é uma intervenção privilegiada.
:22:52
Acreditem que aqui estão bem.
:22:54
- Então que havemos de fazer?
- Voltem a falar com a seguradora.
:22:57
Perguntem no nosso departamento
de Recursos Humanos se há subsídios.