:22:01
mas o hospital tem uma política rígida
quanto a pacientes particulares.
:22:06
Exigimos um sinal para pôr o nome
do paciente na lista de receptores.
:22:11
- Quanto?
- De quanto é o sinal?
:22:12
São 30%. Dá 75 mil dólares.
:22:15
Setenta e cinco mil dólares...
:22:20
...para pôr o nome do meu filho
numa lista.
:22:22
O nosso filho está a morrer
e vocês falam-nos em dinheiro?!
:22:25
Os cuidados médicos custam dinheiro.
:22:28
É caro para vocês e é caro para nós.
:22:30
Lamento, mas temos de garantir
o pagamento antes de o pôr na lista.
:22:37
Sr. E Sra. Archibald,
esperem, por favor!
:22:41
Se não querem tratá-lo,
vamos para o Hospital Municipal.
:22:45
- Não vos aconselho.
- Têm de o tratar!
:22:48
Não têm nada.
:22:49
O transplante de coração
é uma intervenção privilegiada.
:22:52
Acreditem que aqui estão bem.
:22:54
- Então que havemos de fazer?
- Voltem a falar com a seguradora.
:22:57
Perguntem no nosso departamento
de Recursos Humanos se há subsídios.
:23:00
Podem dirigir-se aos Serviços
Infantis Estatais e à Medicaid.
:23:03
Arranjem forma de o manter internado
cá e não aceitem respostas negativas.
:23:09
A sua apólice foi alterada,
Sr. Archibald.
:23:14
Alterada, como?
:23:16
Os nossos segurados deixaram
de ter PPO para ter HMO.
:23:19
O prémio é mais baixo,
mas infelizmente tem restrições.
:23:24
- Que tipo de restrições?
- Eu explico-lhe.
:23:27
Os funcionários não administrativos
em part-time, como é o seu caso,
:23:30
só dispõem de uma cobertura mínima
em casos de catástrofe.
:23:33
Eu não trabalho em part-time,
trabalho a tempo inteiro,
:23:36
mas agora há pouco que fazer.
- Claro.
:23:38
Mas a cobertura baseia-se
em horas de trabalho
:23:40
e o senhor só tem direito a cuidados
mínimos que têm uma cobertura máxima
:23:45
de 20 mil dólares.
- O quê?!
:23:50
Vocês descontam-me dinheiro
todas as semanas,
:23:53
há anos que pago este seguro!
:23:54
É por isso que vamos cobrir
os 20 mil dólares na totalidade.