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- Tiveste, sim.
- Perdão?
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Tiveste algo a ver com o caso.
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O Lonnie Earl queria atenção
e tu não viste isso.
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E ele veio falar comigo.
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E eu, a tentar ser tua amiga,
escutei-o.
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E, de repente, ele andava
contigo às voltas, sua cabra!
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- E dizias que eras minha amiga.
- Podes crer que sou.
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Se bem te lembras,
tentei abordar contigo a questão.
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E tu tentaste convencer-me e a ti
que estava tudo na maior.
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- Que a vida era uma beleza!
- Desanda daqui!
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Sabes que mais?
És uma toupeira!
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E não falo do que a Cindy Crawford
põe nos lábios.
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Estou a falar dos roedores
que se enterram no chão.
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Têm olhos, mas não vêem,
porque não os usam!
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Vem lá, elevador.
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Foge, como de costume,
para não encarares nada.
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Cala-te.
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Tens o mundo na mão,
e nem sabes disso!
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E sabes porquê?
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Porque o que tu gostas
é que tenham pena de ti!
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Sempre deprimida,
com pena de ti própria,
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a esconderes-te atrás dos filhos.
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Tens uma prisão na cabeça
e adoras viver lá!
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Pára com isso!
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Acorda, Darlene!
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Tens uma bela casa,
as contas estão pagas,
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tens filhos saudáveis...
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...e amigos que gostam de ti,
se tu os deixares.
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E tens um marido que acha
que vale a pena lutar por ti!
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Ele deseja desesperadamente
a mulher por quem se apaixonou.
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Podias gozar a vida, caramba.
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Se abrisses os olhos,
verias que tenho razão.
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Só veria as tuas pernas
nos ombros do meu marido.
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Não fales nisso.
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Como é que uma garota mimada como tu
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dormiu com o Lonnie Earl,
sem autorização do papá?