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Não tenho medo.
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Bem, nem eu.
No início.
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Isto ocorreu no pântano fora de Ashton.
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Não permitiam que crianças saíssem
até o pântano, por conta das serpentes e aranhas...
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e da areia movediça que o engoliria
antes mesmo que pudesse gritar.
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Mas havia cinco de nós,
lá fora, naquela noite...
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eu, Ruthie, Wilbur Freely,
e os irmãos Price, Don e Zacky.
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Não sabíamos o que
nos estava reservado.
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É de conhecimento geral que a maioria
das cidades de um certo tamanho têm uma bruxa...
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ainda que só para
comer crianças malcriadas...
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e eventuais cãezinhos
que vagueiam em seu jardim.
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As bruxas usem estes ossos para lançar
feitiços e maldições e tornar a terra infértil.
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É verdade que ela
tem um olho de vidro?
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- Ouvi que veio dos ciganos.
- O que é um cigano?
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- Sua mãe é uma cigana.
- Sua mãe é uma vadia.
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Não deveriam xingar.
Há damas presentes.
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- Droga.
- Maldição.
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- Miserável.
- Desliguem as lanternas! Ela verá.
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De todas as bruxas no Alabama...
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existia uma que
veio a ser a mais temida.
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Pois tinha um olho de vidro,
que diziam conter poderes místicos.
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Ouvi que se olhar direito pra ele,
poderá ver como vai ser sua morte.
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Isso é mentira, isso que é.
Ela nem é uma bruxa de verdade.
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Tem tanta certeza, porque você
não entra e pega esse olho?
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Ouvi que ela o mantêm
numa caixa no seu criado-mudo.
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- Ou está assustado demais?
- Vou entrar agora mesmo e pegar esse olho.
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- Então vá.
- Está bem, eu vou.
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- Certo, você vai.
- Muito bem, estou indo.
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Edward, não!
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Ela fará você de sabão!
É o que ela faz, ela faz sabão das pessoas.