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Apareceu-me a noite passada,
num flash de inspiração.
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Estou a ver.
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- Boa jogada.
- Ah!
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Guo Yi,
preciso de uma coisa.
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Amoxicilina? Apanhaste um esquentamento?
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Não. O meu patrão.
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- Qual deles?
- São todos iguais.
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Neste país a assistência médica é gratuita.
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Continuas a conduzir táxis durante o dia?
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Vais-te matar.
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Não preciso de dormir.
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Quando ficas calado, significa que já ganhaste.
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Vá lá, Okwe. Não sejas simpático.
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Isso só piora.
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Bem, merda.
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Queres chá chinês ou inglês?
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Chinês.
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Não sei como consegues beber essa mistela.
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Encontrei isso num corpo.
Pôs-me a cabeça a andar à roda.
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Devias ler isso.
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Remédio para a alma, Okwe.
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Guo Yi, hoje também encontrei
outra coisa.
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Numa sanita,
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num dos quartos do hotel.
O coração de alguém.
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Um coração. Um coração humano.
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Só te estou a dizer isto porque és
um homem racional.
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Talvez exista uma explicação.
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Talvez algum gajo com umas das mulheres tivesse
tido um ataque cardíaco.
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Os quartos estavam vazios,
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o espanhol teve de se livrar do corpo.
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- Os hotéis não gostam de mortos.
- Era um coração saudável.
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Então o teu patrão tem razão.
Alguém o levou consigo.
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- Quem anda com órgãos humanos?
- Montes de gente.