1:02:13
Eu realmente não te conheço mesmo nada,
pois não?
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- Esta é Senay. Uma amiga.
- Não sou tua amiga.
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- Ela esteve fora toda a noite.
- Prefiro gelar até à morte,
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do que entrar naquele prédio outra vez.
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Há manhãs em que sinto o mesmo.
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- Anda, Senay, está frio.
- É a casa dos mortos.
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Estão todos mortos.
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Talvez isto ajude.
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O meu primo tem um quarto
em Chinatown.
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Acho que dá para os dois.
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Sabes, Okwe, normalmente bom ao
xadrêz significa mau na vida.
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Já deste conta que ela está apaixonada
por ti, não deste?
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Estive com ela 20 minutos
e apercebi-me disso.
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Mas pronto, eu sou mau no xadrêz.
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Há algo que tenho de te contar.
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- Esta é a tua religião?
- Não tenho religião.
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Paraste de mastigar aquelas folhas.
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Consigo ver pelos teus olhos.
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Sabias, Okwe, que os
teus olhos são muito bonitos?
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- Não és nada mal parecido.
- Senay, ouve-me.
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Venho ao adro desta igreja, frequentemente.
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Venho aqui para estar sozinho e pensar
na minha mulher.
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Agora, ja vês.
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O que é que vejo?
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Não me deves voltar a ver.
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Ama-la?
Ama-la?
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Há um quarto por cima do restaurante.
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A polícia da imigração não se atreve a ir a Chinatown.
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Aqui está algum dinheiro, da renda que te devo.
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Está a mais pelos problemas que te causei.
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- Okwe, ama-la?
- Amar?