:10:02
- Ali. Aqui vamos.
- Não foi forte.
:10:05
Tem de ser forte
ou não é castigo.
:10:08
- Está bem.
- Mais forte!
:10:13
Oh, isto é...
Está bem, já chega.
:10:16
Por agora este castigo é suficiente.
:10:17
Devo ir para o canto
e sentir-me envergonhado?
:10:20
Não me importa... Fica no canto.
Faz o que te apetecer.
:10:24
Ei, aqui está o pai!
:10:28
É cedo.
Espero que não tenha acontecido nada.
:10:31
Como Dogville era desde o início, uma
frágil prateleira na ladeira da montanha,
:10:36
desprotegida de qualquer
tormenta caprichosa,
:10:39
a Grace também se deixou abrir.
:10:42
E colocou-se num frágil ramo,
como a maçã no jardim do Éden.
:10:48
Uma maçã tão grande
que o sumo quase escorria.
:10:53
E mais uma vez a
polícia veio a Dogville.
:10:59
Eu disse que a avisava, para guardar a Martha
da confusão das badaladas. Mas esqueci-me.
:11:05
Vieram pelo Canyon Road.
:11:06
O tipo no outro
carro é do FBI.
:11:10
- Esqueceu-se!?
- Sim.
:11:12
Sabe, estou ocupado
com as maçãs.
:11:14
O FBI?
:11:16
Estavam muito interessados em ouvirem
tudo o que vi nos últimos seis meses,
:11:20
qualquer coisa relacionada com o cartaz.
:11:23
Perguntaram-me se tinha visto
alguém no bosque ou acampado aqui.
:11:28
Só Deus sabe do que
essa mulher é capaz.
:11:31
Sabe, ela não é capaz de nada.
:11:33
Bem, é o que você diz.
Mas não soa assim vindo da lei.
:11:40
Por isso senti que
lhes devia dizer.
:11:45
O que é que lhes disse?
:11:48
Bem, que acreditava ter visto
algo no bosque, recentemente.
:11:51
Uma peça de roupa,
para ser exacto.
:11:53
Revelou ser um velho chapéu
que o Tom tinha perdido.
:11:57
- Mas poderia ter sido isto.
- Chuck, dê-me...