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Sou como sou. Se as pessoas
nesta terra não gostam de mim,
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não posso fazer nada acerca disso.
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Sinto-me mal, necessito
de ser castigado.
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A verdade é que não terei nenhum
respeito por si se não me bater.
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Não me importo o quanto
divertido aches que era.
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Jason, eu não te vou bater.
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Nesse caso, quando a Ma chegar a casa,
talvez eu lhe conte que me bateu.
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Mas eu disse que não o faria!
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Calculo que a Ma acreditaria em mim.
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Se me batesse,
ninguém precisava de saber.
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Pára com isso. Afasta-te do Achilles.
Pára com isso.
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Dei-lhe um empurrão.
Não tinha culpa se ele caísse.
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Não lhe toques.
Afasta-te do berço.
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Pára com isso Jason.
Pára com isso!
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Está bem. Queres que te bata.
Eu bato-te...
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Anda cá.
Anda cá!
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- Ali. Aqui vamos.
- Não foi forte.
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Tem de ser forte
ou não é castigo.
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- Está bem.
- Mais forte!
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Oh, isto é...
Está bem, já chega.
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Por agora este castigo é suficiente.
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Devo ir para o canto
e sentir-me envergonhado?
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Não me importa... Fica no canto.
Faz o que te apetecer.
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Ei, aqui está o pai!
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É cedo.
Espero que não tenha acontecido nada.
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Como Dogville era desde o início, uma
frágil prateleira na ladeira da montanha,
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desprotegida de qualquer
tormenta caprichosa,
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a Grace também se deixou abrir.
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E colocou-se num frágil ramo,
como a maçã no jardim do Éden.
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Uma maçã tão grande
que o sumo quase escorria.
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E mais uma vez a
polícia veio a Dogville.
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Eu disse que a avisava, para guardar a Martha
da confusão das badaladas. Mas esqueci-me.