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Além disso, era o seu trabalho.
Assuntos morais eram o seu terreno.
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Pensar que pudesse duvidar da sua própria
pureza era realmente pensar muito pouco dele.
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O Tom estava irritado.
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E no meio de tudo,
descobriu porquê.
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Não era porque tinha sido acusado erradamente,
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mas sim porque as acusações eram verdadeiras!
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A sua irritação consistia na mais desagradável
sensação de ter sido descoberto!
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Era um revés completo
para o jovem filósofo!
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E de um modo bastante realista,
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pensou que se a dúvida já
estava presente, podia crescer.
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Talvez tão grande que um dia poderia
prejudicar a sua completa missão moral.
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O Tom parou.
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Começou a tremer quando a ameaça à sua
carreira como escritor surgiu perante ele.
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Não levou muito tempo a convencer-se
que o risco era muito grande para fugir.
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O perigo que a Grace era para o povo,
também o era para ele!
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O Tom não gostava disso.
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E era suficientemente homem
para tomar medidas para preveni-lo.
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Felizmente, o Tom era tão consciente
em relação à sua futura profissão,
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como era prático.
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Na sua vida, concedia muito espaço
à sinceridade e aos ideais,
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sem ficar "sentimental"
com isso, como dizia.
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Deitar fora um documento que
poderia ser significativo para o Tom
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e para as futuras gerações de leitores, como
a base de uma novela ou mesmo uma trilogia,
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era um acto estúpido
que ele não ia cometer,
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embora tivesse de admitir que num
momento de debilidade haveria dito que sim.
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Antes de voltar para
a reunião nessa noite,
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o Tom abriu a pequena gaveta que tinha
aberto aquando da chegada da Grace,