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Não levou muito tempo a convencer-se
que o risco era muito grande para fugir.
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O perigo que a Grace era para o povo,
também o era para ele!
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O Tom não gostava disso.
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E era suficientemente homem
para tomar medidas para preveni-lo.
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Felizmente, o Tom era tão consciente
em relação à sua futura profissão,
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como era prático.
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Na sua vida, concedia muito espaço
à sinceridade e aos ideais,
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sem ficar "sentimental"
com isso, como dizia.
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Deitar fora um documento que
poderia ser significativo para o Tom
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e para as futuras gerações de leitores, como
a base de uma novela ou mesmo uma trilogia,
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era um acto estúpido
que ele não ia cometer,
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embora tivesse de admitir que num
momento de debilidade haveria dito que sim.
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Antes de voltar para
a reunião nessa noite,
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o Tom abriu a pequena gaveta que tinha
aberto aquando da chegada da Grace,
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e ainda o encontrou ali:
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o cartão do gangster
do automóvel.
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No dia seguinte, o sol brilhava,
no alegre céu de Outono,
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e a neve já tinha desaparecido.
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Pela primeira vez em muito tempo,
podia-se ouvir o martinete no pantanal
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martelando as estacas do que
podia ser ou não uma penitenciária.
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A Grace abriu os olhos logo depois de um
sono inconsciente, e estava confundida.
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Julgando pela luz que entrava pelas fendas
nas paredes, devia ser quase meio-dia.
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"A hora cinzenta", como o Jack McKay,
por alguma razão, a chamava ao meio-dia,