1:04:03
E foi sem pensar que
então disse as palavras:
1:04:06
Ninguém vai dormir aqui.
1:04:13
Não as disse em voz alta,
1:04:15
mas mesmo assim estava surpreendida
pelo que se tinha apoderado dela.
1:04:22
De onde saíram
estas palavras sinistras?
1:04:34
Começou a escurecer quando a Grace
voltava do trabalho para a sua casa.
1:04:39
As pessoas, na praça
que dava para o vale,
1:04:41
tinham finalmente desistido
de verem algo mais,
1:04:44
agora que a luz se desvanecia.
1:04:46
Caminhavam pela rua
do Olmo, decepcionados.
1:04:54
- Tom?
- Olá, Grace.
1:04:56
Haviam alguns carros, mas está muito escuro,
e não podemos ver mais nada.
1:05:01
Não nos temos visto muito.
1:05:04
Pois, eu sei. Sabe, estive
ocupado com o meu livro.
1:05:07
Posso-lhe perguntar uma coisa?
1:05:09
Sim, qualquer coisa.
1:05:14
Não se pode persuadi-lo a
desfazer-se disso, pois não?
1:05:19
O número que ele lhe deu nessa noite.
Não pode desfazer-se dele.
1:05:22
Eu disse-lhe o quanto esse homem
era perigoso. Isso foi estúpido.
1:05:33
Estúpido ou não, o Tom
foi o apaixonado porta-voz
1:05:37
para prender a Grace no
seu abrigo nessa noite.
1:05:41
Se os veículos eram, de facto, o sinal de que
a chamada que o Tom fez cinco dias antes,
1:05:45
em nome da comunidade,
1:05:46
para o número indicado no
cartão na sua gaveta da secretária
1:05:50
tinha, pelo menos,
conduzido à acção,
1:05:52
e a Grace seria agora
eliminada das suas vidas,
1:05:55
também pareceria bem se
o povoado a tivesse presa.