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Juanita tornou-se mais viciada
do que imaginava.
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A puta começou a injectar-se em seguida.
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Às gajas assustam-lhe as agulhas.
Graças a isso, não perdem o controlo.
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A Juanita não.
Ela era diabética.
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Para ela, injectar-se era
como lavar os dentes ou ir à casa de banho.
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Não é preciso ser um génio para
saber que mais tarde ou mais cedo...
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tinha que ceder.
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Compraram dois.
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Sim?
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Preciso de ajuda.
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Olha, há uma clínica no norte.
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É a melhor do Estado,
e quero internar-me lá.
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Mas é cara.
São 10 mil dólares mensais.
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E sei que é muito dinheiro...
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mas eu preciso-o.
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Tens que me ajudar.
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Se não o fazes...
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vou à polícia.
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O que as putas não entendem...
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é que nunca se brinca com a polícia.
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Romper-me o coração é uma coisa...
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mas meter-se com o
meu sustento é outra.
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Sabia que entenderias.
Vejo-te às 8:00.
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Pergunto-me como se sentiu
quando pousou o auscultador.
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Em que estava a pensar?
Como o pôr-do-sol nesse dia.
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Será que lhe ocorreu
por uma fracção de segundo...
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que era o último que veria?
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Sabem o que dizia Yogi Berra:
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"Déjà vu outra vez".
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Bem podia ter-se referido a mim.
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Queria resolver tudo com Juanita...
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tal como a embrulhada em que me meti
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no dia que me fui da Costa Este...
o que se passou com a Edna.
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A sério, Rei. Preciso do dinheiro.
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Para te injectares nas veias?