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A minha vida é um lenço de papel sujo
atirado para o retrete da vida.
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O que faço agora?
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Pode escrever poesia.
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Por favor. Deixe estar.
Não preciso da sua caridade.
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Espere.
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Desculpe. Eu...
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Por que não recomeçamos?
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Deixe-me mostrar-lhe Londres.
Tenho pouco para fazer hoje.
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Não, já conheço a cidade.
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Isso foi há anos.
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Tudo mudou.
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Venha lá.
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Merece algum divertimento.
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Carreguei-o no ventre nos nove meses
mais quentes da História do Quénia.
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Quase dei cabo das costas.
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Tinha apenas 19 anos e já
o meu peito me chegava aos joelhos.
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Agora, ele não quer saber
da mãe.
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O que ganhei com isso, diga-me?
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Desculpe. Não quis...
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Vai adorar, a sério.
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A propósito, até brilha.
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Está mesmo bonita.
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Até estou aliviada por ele
não casar com essa tal Delia.
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-Ela é sua irmã. Desculpe. Eu não...
-Não faz mal.
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Eu até gostava dela.
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Era um bocado magricelas.
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Tinha uns bonitos olhos verdes.
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E aquela tez leitosa...
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...com um toque de rosa.
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Como é que se diz?
Pêssegos e leite?
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-Pêssegos e natas.
-Natas. lsso.
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Eu sou alérgica á lactose.
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O Alim, não.