:00:02
Dois velhos espelhos.
:00:05
Nunca me contou isso antes.
:00:11
Muito têm que agradecer.
:00:12
- Sim.
- Está bem.
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Felizmente não se parece
em nada com a sua mãe.
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Coitada, não pôde evitá-lo.
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Nunca lhe perguntou quem
foi o seu pai?
:00:27
Não.
:00:30
Quando tinha 11 ou 12 anos,
a minha mãe morreu.
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- O meu pai morreu e Frank era pequeno.
- Eu sei.
:00:37
E teve que trabalhar.
:00:39
- Não tinha mais ninguém.
- Só você.
:00:41
- e se arrepende?
- Não.
:00:43
- Olha para que tem agora.
- Sim.
:00:47
Sou um homem sortudo.
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Você chamou uma ambulância esta tarde.
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- Não foi?
- Sim.
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- Porque o fez?
- Ela estava abortando, não?
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- Abortando?
- Sim.
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O Dr. Welsh disse que
alguém foi a sua casa...
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tratar da sua filha.
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Pois aí tem a justificativa,
se ele disse, é porque sabe tudo.
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Vá perguntar a ele.
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Quero que você diga, Sra. Barnes.
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Ele é que me chamou e não tenho nada a dizer.
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Sra., baixe a voz.
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Quem lhe fez essa operação?
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- Uma mulher.
- Sabe o seu nome?
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- Não.
- Como a contatou?
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- Não sei, perguntei por aí.
- A quem?
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- Aos colegas do trabalho.
- Onde trabalha, Sra.?
:01:33
Em uma lavanderia. Calle Clark.
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- Com quem falou aí?
- O que importa isso agora?
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A sua filha quase morre, Sra. Barnes.
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Era para o seu bem.
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Entenda que é um assunto criminal.
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- Está bem. Vera.
- Vera?
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- Vera Drake.
- Falou com ela no trabalho?