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Com certeza não nasci para
levar uma vida de gueixa.
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Como tantas outras coisas da minha
estranha vida, fui levada pela corrente.
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Quando descobri
que a minha mãe estava doente,
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foi quando o meu pai atirou
o pescado de volta ao mar.
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Naquela noite passámos fome para
compreender o vazio de que ele nos falou.
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A mãe sempre disse que a minha
irmã Satsu era como a madeira,
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enraizada na terra como uma árvore.
Mas disse-me que eu era como a água.
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A água consegue encontrar o seu
caminho, mesmo por entre as rochas
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e, quando encurralada,
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a água cria um novo caminho.
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Não podem estar aqui.