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Mamã, Deborah...
Venham dar uma olhada!
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- É um OVNI.
- Oh, por favor.
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É só um balão meteorológico,
ou coisa parecida.
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Não! Olha o que está a
fazer à televisão!
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- Está a voar sobre a casa.
- Vamos até ao telhado!
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Não, esperem! Meninos,
tenham cuidado!
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Nesse verão, essas foram as
duas coisas que nunca esquecerei.
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Os desmaios e a obscuridade do espaço.
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E o igualmente e poderoso mistério.
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Um OVNI.
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Algures por aí.
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A viajar através do Universo.
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No verão em que tinha 8 anos de idade,
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vim-me, pela primeira vez.
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Estava a ver a minha mãe
a foder com o seu namorado,
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um tipo chamado Alfred,
na minha velha cama de rede.
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O Alfred era um tipo cheio de moral.
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Estúpido que nem uma pedra.
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O que eu, uns anos mais tarde,
viria a chamar de meu tipo.
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Somente as coisas mais estúpidas e
aborrecidas saíam da sua boca, mas,
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vendo-o assim,
a gemer e a gozar como um animal,
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Não conseguia tirar
os olhos de cima dele.
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Já me masturbava há anos, porém,
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foi nesse verão que o esperma
saiu da minha picha, quando me vim.
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Mal podia esperar,
para dizer ao treinador.
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O que vale é que faltava pouco.
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Em junho passado, a minha mãe
inscreveu-me nas Ligas inferiores.
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Acima de tudo, ideia do Alfred,
que dessa maneira podia fodê-la
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sem ter que gastar
dinheiro em quartos.
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Estás entusiasmado?
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Treinador Heider?