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Não, deixa-me ficar perto de ti.
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Nada me pode acontecer
quando estou contigo.
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Por favor... deixa-me ficar perto de ti.
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O fedor... quase que vomito.
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O sangue ainda
cheira pior que ele.
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E está por todo o lado.
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Mas o tarado, foi-se.
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Não temos tempo.
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Sirenes... costumava gostar do som.
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Não há nada a fazer senão encontrar
um sítio para passar a noite,
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acalmar a Nancy e pensar
no que raio vou fazer a seguir.
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O fedor... Inexplicavelmente
segue-nos até ao motel.
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Nancy, fui ao teu apartamento.
Tinhas as janelas abertas,
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os quartos quase vazios, tinha quase
a certeza que tinhas sido raptada.
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A minha janela? Assaltada de novo?
É a terceira vez este ano.
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Jurei que se te voltasse a ver,
mostrava-te que me tinha tornado forte.
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E ali estava eu, tal como dantes
assustada e indefesa.
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- Sou tão imbecil.
- Senta-te, vais sentir-te melhor.
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Nunca fui bom com pessoas.
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Quando se trata de tranquilizar
uma rapariga de 19 anos traumatizada,
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sou tão bom como
um doente com Paulsy
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a fazer cirurgia cerebral
com uma chave de fendas.
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Foste sempre tu, Hartigan.
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Todos estes anos.
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Isso são os nervos a falar.
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Estou exausto, preciso de dormir.
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- Dorme comigo!
- Pára com isso, Nancy.
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8 anos... porque achas que continuei
a escrever aquelas cartas?
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Não era apenas gratidão.
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Tentei apaixonar-me por rapazes,
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pensava que tinha conseguido
uma ou duas vezes.
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Mas já estava apaixonada... por ti.