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Só tu, querida.
Morenas esguias de língua afiada.
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Cumprimentos natalícios.
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Quem é ela?
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Querida, esperava não ter
de responder a isso.
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Vá lá.
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Na verdade, a Dorothy é minha filha.
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Era Primavera em Veneza, eu era jovem...
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e não sabia o que fazia.
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Somos todos assim, do lado do meu pai.
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- A propósito, como está o teu pai?
- Muito melhor e o teu?
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Quantas bebidas já bebeste?
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Com este, seis martinis.
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Muito bem, pode trazer-me
mais cinco martinis?
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- Leo, ponha-os aqui em fila.
- Sim.
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Quem é que me bateu?
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O teu último martini.
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- Que tal um copito?
- Não.
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Não posso ficar deitada.
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Tenho de me levantar e de decorar
a maldita árvore de Natal.
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Qual é a ideia de me empurrares?
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Quem é?
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Deve ser o Pai Natal.
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- Como está?
- Olá, MacCaulay. Entre.
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A Dorothy disse-me que estava cá.
Ia telefonar-lhe, mas...
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Não faz mal. Quer sentar-se?
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- O que quer beber?
- Nada, obrigado.
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Isso é um erro.
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Queria falar-lhe.
O que anda a Mimi a tramar, Sr. Charles?
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A mãe da Dorothy.
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- Tem de estar a tramar alguma?
- Costuma estar.
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A tentar sacar dinheiro ao Wynant
de várias maneiras.
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Queria saber se anda
a investigar por conta dela.
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- Já não sou detective há quatro anos.
- A sério?
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O pai da minha mulher morreu
e deixou-lhe uma linha ferroviária,
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uma serração e...
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várias outras coisas. Estou a geri-las.
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Porquê tanta excitação?
Ele está escondido?
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Sabe tanto quanto eu.
Não o vejo há três meses.
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Não tem notícias nenhumas?
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Ele manda mensagens pela secretária,
a Julia Wolf, quando quer dinheiro.