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Mas estes pobres diabos
viram as casas queimadas.
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As famílias espancadas e à fome,
para pagar os impostos.
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- Abençoado sejais.
- Agradecemos-vos humildemente.
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- Oxalá sejamos merecedores, Robin.
- E sois.
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- Comestes bem?
- Sim, Robin, obrigado.
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Agradecemos-vos, senhor.
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Desculpai por vos mostrar isto.
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Mas estes pobres já foram felizes.
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Simples aldeões que nunca fizeram mal.
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E agora... Torturam-nos, arrancam-lhes
os olhos, a língua, as orelhas...
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Vêm pedir-me protecção
de vossos amigos normandos.
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Mas haveis matado normandos.
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Sim, quem merecia.
Os cruéis e injustos.
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Sois estranho.
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Estranho? Por ter pena
do povo indefeso e torturado?
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Não, estranho por quererdes agir.
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Desafiais Sir Guy
e até o próprio Príncipe.
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Arriscais-vos.
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- E havia ali um normando.
- Normando ou saxão. Que importa?
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- Odeio a injustiça, não os normandos.
- Perdestes título e terras.
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Sois proscrito,
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quando podíeis viver
em segurança.
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Qual é a vossa recompensa?
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Recompensa?
Não entendeis, pois não?
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Desculpai-me.
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Começo a entender um pouco, agora.
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Se entendeis,
já é recompensa suficiente.
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Já nos roubastes e insultastes.
Queremos ir.
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- Vinde.
- Escoltá-la-emos nós.
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Mas, antes de irdes, agradecei-lhe.
Salvou-vos a vida.