:54:02
Olhe aqui.
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Não quero mais conversas informais.
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Não tenho nada a dizer-lhe, nem à polícia,
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e estou farto que todos os malucos
me chamem nomes,
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por isso se me quer ver,
prenda-me ou intime-me ou qualquer coisa,
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e virei com o meu advogado.
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Talvez o veja no inquérito!
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- Venha. Ele quer vê-lo.
- Só o esperava às 17h25.
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Espero não o ter feito esperar.
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Continue a gozar-me.
Irão tirar ferro do seu fígado!
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Quanto mais reles é o patife,
mais exagerada é a conversa.
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Vamos.
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Vá lá. Isto deixá-lo-á bem visto
perante o seu chefe.
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Entre. Obrigado por ter vindo. Entre.
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Tome. Não devia deixá-lo
andar por aí com isto.
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Ele pode magoar-se.
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Bem, que vem a ser isto?
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Um jornaleiro aleijado tirou-lha.
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Obriguei-o a devolver-lha.
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Por Deus, vale a pena conhecê-lo.
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Uma personagem espantosa.
Dê-me o seu chapéu.
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Sente-se.
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Devo-lhe uma desculpa.
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Esqueça isso. Falemos do pássaro preto.
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Muito bem, falemos disso.
:55:47
Falemos.
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Isto vai ser a coisa mais espantosa
que alguma vez ouviu.
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Digo isto, sabendo que um homem
do seu calibre e com a sua profissão
:55:55
deve ter conhecimento
de umas coisas espantosas na sua época.
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Que sabe da Ordem do Hospital
de São João de Jerusalém,