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O esmalte não conseguiu
ocultar o valor aos seus olhos.
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- Começa a acreditar em mim?
- Não disse que não acreditava.
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Para o manter seguro,
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enquanto prosseguia
as suas pesquisas sobre a história dele,
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Charliaos voltou a dar esmalte no pássaro.
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Porém, apesar da sua precaução,
consegui descobri-lo.
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Se tivesse sabido uns dias mais cedo...
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Estava em Londres quando soube.
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Fiz as malas
e meti-me no comboio imediatamente.
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No comboio, abri um jornal, o Times,
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e li que a casa de Charilaos
tinha sido assaltada e ele assassinado.
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Quando lá cheguei,
descobri que o pássaro tinha desaparecido.
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Isso foi há 17 anos.
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Levei 17 anos a localizar o pássaro,
mas localizei-o.
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Queria-o! Não desanimo
facilmente quando quero algo.
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Segui-o até à casa de um general russo,
um tal Kemidov,
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num subúrbio em lstanbul.
Ele não sabia nada sobre ele.
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Para ele não passava
de uma figura de esmalte preto,
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mas a sua natural obstinação
impediu-o de mo vender,
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quando lhe fiz uma oferta.
Mandei uns agentes irem buscá-lo.
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Eles foram buscá-lo, mas eu não o recebi.
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Mas eu vou consegui-lo.
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O seu copo.
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Então, o pássaro não pertence
verdadeiramente a nenhum de vós,
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mas sim a um general Kemidov?
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Também pode dizer
que pertenceu ao rei de Espanha.
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Não vejo como pode garantir
a alguém que lhe pertença,
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excepto pelo direito de posse.
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E agora, antes de começarmos
a falar em preços,
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quando pode trazer-me o falcão?
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- Daqui a uns dois dias.
- Isso é satisfatório.
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A um negócio justo!
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Lucros bastante grandes para nós os dois!
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Qual é a sua ideia de negócio justo?
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Dou-lhe $25.000
quando me entregar o falcão
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e mais $25.000 depois.
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Ou dou-lhe um quarto
do que ganhar com o falcão.
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Isso dará uma bela quantia.
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- Uma bela quantia de quanto?
- Quem sabe? Digamos $100.000?