1:09:00
Não.
1:09:02
Não estava.
1:09:05
- Acho que a conclusão está tirada.
- Grande conclusão.
1:09:10
Pode falar até a sua língua se
arrastar pelo chão. O rapaz é culpado.
1:09:14
Percebe o que eu digo, amigo?
1:09:16
- Tem esses rebuçados para a tosse?
- Acabaram-se, meu amigo.
1:09:21
Caramba. Olhem para a chuva.
Lá se vai o seu jogo.
1:09:26
É só um aguaceiro.
1:09:28
Além disso, eles têm
o campo coberto.
1:09:31
Olhe, posso olhar para essa
faca um momento, por favor?
1:09:36
Bem, ainda temos um empate a seis.
Quem tem sugestões?
1:09:40
- São 18:05. Vamos jantar.
- Porque não esperamos até às 19?
1:09:44
Tudo bem comigo.
1:09:47
Há uma coisa que eu gostaria de dizer.
Tem-me estado a preocupar um pouco,
1:09:50
e, já que estamos encalhados...
1:09:52
Houve toda aquela questão sobre
a ferida da facada e de como foi feita.
1:09:56
- O ângulo descendente da facada, sabem?
- Não comece outra vez com isso.
1:10:00
- Eles nunca mais se calavam com isso.
- Eu sei, mas eu não estou de acordo.
1:10:03
O rapaz tinha 1,70 m de altura.
O pai tinha 1,88.
1:10:07
É uma diferença de 18 cm.
1:10:10
É muito estranho apunhalar de cima
para baixo alguém com um palmo a mais.
1:10:14
Dê cá isso.
1:10:16
Eu faço-lhe uma demonstração.
Alguém se levante.
1:10:27
Olhem bem - eu não quero
ter de repetir.
1:10:29
Eu vou fazer-me uns
15 ou 20 cm mais baixo.
1:10:32
- Está mais ou menos. Talvez um pouco mais.
- Ok, um pouco mais.
1:10:47
Ora... ninguém se magoou.
1:10:50
- Certo?
- Certo. Ninguém se magoou.
1:10:56
Ora, seria assim que eu apunhalaria
um homem que fosse mais alto do que eu.