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Não. Nunca com a experiência que ele
tinha de uma vida a manejar estas coisas.
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- Eu acho que faria de baixo para cima.
- Como sabe?
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- Estava lá quando ele foi morto?
- Não. Nem eu nem mais ninguém.
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E porque nos vem com essas
patranhas? Eu não acredito nisso.
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Não acho que possa afirmar
que tipo de golpe ele teria dado
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apenas porque ele
sabia manejar uma navalha.
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- O que é que acha?
- Não sei.
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- O que quer dizer com "não sabe"?
- Não sei.
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- Então e você?
- Eu não sei como é com os outros,
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mas eu estou a ficar cansado desta
conversa de treta. Não nos leva a lado nenhum.
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Então é melhor eu parar com isto.
Eu mudo de voto para inocente.
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- Você o quê?!
- Ouviu-me. Já estou farto.
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- Já está farto? Isso é resposta?
- Ouça, limite-se a cuidar de si.
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- Percebe?
- Ele tem razão.
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Isso não é resposta.
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Que raça de homem é você?
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Sentou-se aí e votou culpado
como toda a gente,
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porque tem uns bilhetes para o basebol
desejando de lhe sair do bolso.
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Agora diz que muda de voto
porque está farto de tanta conversa?
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- Ouça lá...
- Quem lhe disse que tinha o direito
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de brincar com a vida de um homem?
Não lhe interessa...
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Espere lá.
Não pode falar comigo assim.
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Posso pois. Se você quer
votar inocente,
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que o faça porque está convencido,
não por estar farto.
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E se acha que é culpado,
então vote em conformidade.
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Ou não tem coragem para
fazer o que acha estar certo?
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- Ouça lá...
- Culpado ou inocente?
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- Já lhe disse. Inocente.
- Porquê?
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- Ouça, eu não tenho que...
- Tem sim! Diga. Porquê?
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Eu... eu não acho que seja culpado.