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Um ano? Dois anos?
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Se não chegarmos a Brundusium
dentro de sete meses...
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nunca lá chegaremos.
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E se nós reunirmos os barcos...
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e já não houver nenhum exército
de escravos para embarcar?
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Damos-te agora uma arca do tesouro e
o resto quando chegarmos a Brundusium.
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- Esta?
- Sim.
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Negócio fechado! Daqui a sete meses,
os barcos estarão reunidos.
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Podes mandar encher a arca.
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Agora, se não te importas, gostava
de tomar o vinho que me ofereceste.
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- Fazes-me companhia?
- Faço.
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Excelente vinho.
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Veio das terras
de um nobre abastado.
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Ouvi dizer que tu também
eras de origem nobre.
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Sou filho
e neto de escravos.
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Eu sabia que
quando te visse não iria distinguir.
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Claro, agrada à vaidade de Roma
pensar que és nobre.
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Eles sentem-se pequenos só de pensar
em lutar com simples escravos...
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principalmente um homem como Crassus.
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- Conhece-lo?
- Entretive-o, um dia à tarde.
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- Tu?
- Na arena.
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Excelente vinho.
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- Posso fazer-te uma pergunta?
- Podes.
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Sabes concerteza
que vais perder, não sabes?
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Não tens hipótese nenhuma.
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Neste preciso momento, seis coortes
da guarnição de Roma...
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estão a dirigir-se para cá.
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O que vais fazer?
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Decidimos isso
quando eles cá chegarem.
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Deixa-me por a questão doutra forma.
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Se olhasses
para uma bola de cristal...
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e visses o teu exército destroçado
e tu morto...
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se visses que no futuro...
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e tenho a certeza
de que já o estás a ver...