:47:01
Porque, se ele nos amar,
certamente há-de voltar.
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E se não voltar?
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Voltará. Pode vir em qualquer comboio,
com a escritura dos pastos mais verdes.
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É por isso que espera, Alva?
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Alva...
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Owen, sabe que é a primeira vez
que me chama pelo meu nome próprio?
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- Aqui está a tua Coca-Cola!
- Não o deixe ver-nos!
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- Alva!
- Baixe-se, baixe-se!
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O gelo está a derreter!
:47:40
Alva, onde estás?
:47:45
- Peça-lhe que a deixe em paz.
- A mamã diz...
:47:50
- É um bom homem.
- É um homem velho.
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Vamos chegar tarde.
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É um velho solitário, a mulher
não está bem. Não quero magoá-lo.
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- Seria uma ingratidão.
- E mau negócio.
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Onde estás?
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Está a ser cruel e provocador,
e não compreendo.
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Estou a falar de gratidão,
de amabilidade, de simples cortesia.
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Simples cortesia?
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Aquele velho, como lhe chama,
é um cavalheiro que me dá valor.
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Deu-me uma pulseira de ouro
de uma loja muito cara de Chicago.
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O que deu a esse velho em troca?
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A minha companhia e a minha simpatia!
São esses os factos nus e crus.
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- E fá-lo muito feliz.
- E a si?
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Lá por me acharem bonita,
não sou propriedade deles!
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Se achasse que era bonita,
teria vontade própria.
:48:45
Eu tenho vontade própria, Sr. Legate.
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Não preciso que um espertalhão
me aponte os meus erros!
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Saio com ele porque quero,
trata-me como uma senhora.
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- Porque a sua mãe a manda.
- Eu gosto!
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Não sou um gato que sonha
que é um homem. Esta é a verdade!