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Não vou!
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Alva! Ouve-me!
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Vives como uma princesa
enquanto eu giro esta pensão!
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Nunca fizeste nada,
e eu tratei de tudo!
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A nossa hora chegou,
e vais mostrar-me
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que não és apenas a princesa mimada
e preguiçosa que o teu pai me deixou.
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Mamã, pode dizer o que quiser,
mas eu não vou.
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Não percebes. A nossa única hipótese
de sobrevivência é o empréstimo.
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Se tivermos de fazer o pino para
o conseguirmos, fá-lo-emos a sorrir!
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- Percebeste?
- Sim, mamã.
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Se há coisa que abomino
é esse teu olhar de virgem inocente!
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Eu não vou!
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E que diabo pensas fazer?
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Não sei. Vou-me embora
e arranjo um emprego.
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- A história de sempre.
- Vou-me embora!
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Alva, estou farta dos teus disparates!
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Durante anos, vi-te
brincar com os homens e os rapazes...
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- Mamã, por favor!
...que te agradavam, e não critiquei.
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E quando te peço um favorzito,
armas-te em inocente.
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- Pequenino? Que está a dizer?
- És uma egoísta! Egoísta, egoísta!
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O teu pai viu como eras. Achas
que o enganaste? Nem por um minuto!
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- Sabia que eras egoísta e perversa!
- De que está a falar?
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Ele dizia: "Ela há-de virar-se
contra ti, abandonar-te e desiludir-te!"
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"Espera e verás, Hazel. Aquela ingrata
há-de despedaçar-te o coração!"
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- Ele nunca disse isso!
- Não me partas o coração! Ajuda-me!
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E a Willie? Se não te ralas comigo,
então e a Willie?