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- Porquê?
- Surgiu-me a oportunidade
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de liderar o mercado de algodão.
Não sabia que ficaria saturado.
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Tenho armazéns cheios dele
por toda a Europa.
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As pessoas comem algodão doce.
Isto é melhor, é algodão verdadeiro.
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- O algodão não se come!
- Tem de ser, é pela firma.
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Vão ficar doentes. Prova lá,
já que não acreditas em mim.
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Provei, fiquei agoniado.
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Vê-me aquilo. Parece um funeral.
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Estão a enterrar
o miúdo que morreu no meu avião.
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- Que é que lhe aconteceu?
- Morreu.
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- O quê?
- Disse que morreu.
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Lamento.
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- Era teu amigo?
- Talvez. Não sei.
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- Era muito idoso.
- Mas era um rapaz.
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Morreu.
Não se envelhece mais do que isso.
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- Trabalhas onde?
- Não sou puta.
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Não disse que eras.
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- Numa grande companhia americana.
- Eu também!
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- Queres voltar a ver-me? Porquê?
- Porque não?
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Achas que sou bela?
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- Acho que és perfeita.
- Não é verdade.
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É verdade.
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Vês isto?
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- Credo, como é que...?
- Um bombardeamento aéreo.
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- Alemães?
- "Americani."
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Já não me queres?
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Que dizes tu?
Quero-te já.