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para prevenir que
a epidemia se espalhasse.
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- Houve fogueiras de cães.
- Foi.
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E quando se conseguiu
controlar a peste,
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o homem não tinha
animais domésticos.
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Tal seria insuportável para o homem.
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Podia bem matar o irmão,
mas nunca matar o seu cão.
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Os humanos fizeram dos símios
seus animais domésticos.
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Primitivos e mudos, mas 20 vezes
mais inteligentes que cães e gatos.
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Correcto.
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Viviam em jaulas,
mas andavam à vontade pela casa.
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Começaram a compreender
a linguagem humana e,
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em menos de 2 séculos,
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evoluíram do simples fazer habilidades,
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para a realização de tarefas.
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Um cão de guarda bem
treinado faria o mesmo.
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O cão cozinha? Limpa a casa?
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Ou leva a lista da mercearia e vai
fazer compras? Serve à mesa?
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Ou, passados mais 3 séculos,
vira-se contra o seu dono?
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Como?
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Tornaram-se conscientes do
conceito de escravatura.
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E, cada vez mais, conscientes
do seu antídoto: A unidade.
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Primeiro reuniam-se
em pequenos grupos.
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Aprenderam a arte da acção
organizada e militante.
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Aprenderam a recusar.
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Primeiro, grunhiram a sua recusa.
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Mas depois, num dia histórico,
comemorado pela minha espécie
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e bem documentado nos
pergaminhos históricos,
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apareceu o Aldo.
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Não grunhiu. Articulou.
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Disse uma palavra que lhe fora
dita vezes sem conta por humanos.
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Disse...
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Não.