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Apresento Olympia, a minha ama.
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Mustapha sabia distinguir
os pobres dos ricos.
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Se alguém bem vestido entrasse,
ele nunca se agitava.
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Mas se viesse alguém mal arranjado,
devia vê-lo! Que cão!
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O coronel treinou-o
a reconhecer árabes pelo cheiro.
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- Olympia, abra a porta da frente.
- Dê-me um beijo.
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Vá abra.
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Olympia é um compêndio
de virtudes domésticas.
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Fiel, admiradora e racista.
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Após o Papá ter morrido, voltámos
para a casa da família por algum tempo.
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A minha infância era feita de cheiros.
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Cheiros a mofo,
o cheiro das paredes e quartos.
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As crianças costumavam vir brincar
na minha selva, todo o dia.
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O envelhecimento é um crime.
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Sou eu aqui.
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E esta é Mademoiselle Sauvage,
a professora.
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Era muito exigente... e muito religiosa.
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Era muito boa. Ela mimou-a.
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Esta é Christine,
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a minha melhor amiga.
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Casou com um farmacêutico
e tem duas crianças.
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lsto é como uma aldeia aqui.
Conhecemo-nos todos.
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Não podia viver em Paris.
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Aqui estamos seguros.
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- É estranho olhar para o passado.
- Corta!
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Porquê estranho? És tu!
É fantástico, é a tua infância.
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É tudo o que procurava.
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Que fazes? Mexe-te! Mexe-te!
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Quem são estes zombies
que o seguem sempre? Vamos!
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Vamos! A porta, a porta...
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Estou a abrir a porta.
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Estou a abrir todas as portas.
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- Que fazes?
- A preparar o plano.
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Aqui está! Pronto! Encontrei.
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Para trás!
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Que faz aí?
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Desapareça!
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Está bem. Para trás. Sim!
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Vê? Como um carro, faz-se marcha atrás.