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- As plantas?
- Bem, os pássaros, então.
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- Quais pássaros?
- Qualquer um.
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- Porquê?
- Eles têm trabalho?
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- Quem?
- Os pássaros.
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Os pássaros têm trabalho?
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- O quê está ele a dizer?
- Diz que os pássaros são vagabundos.
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A ideia é, vejam os pássaro,
safam-se sozinhos, não é?
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- Ainda bem para eles.
- Sim, e são bonitinhos.
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Muito bem, e vocês são mais
importantes do que eles, certo?
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Então porque estão preocupados?
Estão a ver?
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Estou preocupado com o que
poderá ter contra os pássaros.
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Não tenho nada contra os pássaros.
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- Vejam as plantas.
- Ele também não gosta de plantas.
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- Deixe estar as plantas.
- Dou-te uma moeda por ela.
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- É sua.
- Duas, então.
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Ouçam, havia um homem,
que tinha dois escravos.
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E como se chamava ele?
Qual o nome deles?
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Não sei.
E deu-me algum dinheiro.
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- Não sabe?
- Bem, não interessa.
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Ele não sabe o nome deles!
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- Chamavam-se Simão e Adriano.
- Acabou de dizer que não sabia!
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Não interessa, o importante
é que havia dois escravos...
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- Ele está a contar balelas.
- Não, não estou!
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- Esperem, ou seriam três...
- Incrível!
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Oh, este tipo é terrível.
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- Eram dois ou três?
- Ora, desapareça!
:52:15
Ouçam isto!
Abençoados sejam...
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- Dou três moedas.
- Aqueles que convertem o próximo.
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- Pois terão um lugar no céu.
- Tretas!
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E a eles será concedido...
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A eles será concedido...
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Será concedido...
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- O quê?
- Hã?
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- Será concedido o quê?
- Nada.
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- O que ia dizer?
- Nada.
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- Sim, ia dizer qualquer coisa.
- Não, já tinha terminado.
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- Diga-nos antes de ir.
- Eu já terminei.
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- Não, não terminou.
- Porque não quer ele dizer?
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- Não nos vai dizer!
- É um segredo, não é?
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- Deve ser, senão ele nos diria.
- Conte-nos o que é.
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- Deixem-me em paz.
- Qual é o segredo?
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- É o segredo da vida eterna?
- Ele não vai dizer.
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Se soubesse o segredo da
vida eterna não diria a ninguém.