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Além disso, adora ir às compras.
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Tem orgasmos múltiplos,
sempre que compra algo.
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Parece fixe. Gosto dela.
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Fica com ela.
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-Então esse suor, Lisa?
-Estou a tratar disso.
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Não te estás a esforcar muito.
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Livra-te da pastilha.
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Olhem para mim.
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Levante o arco, Martelli!
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O Mozart não faria isto hoje.
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-O quê?
-Estas coisas com o arco.
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Ligaria ao amplificador,
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e tiraria quartetos de cordas
dos dedos.
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Quem tocaria as sinfonias
de ficcão científica?
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-Ele.
-Sozinho?
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Gravaria e misturaria.
Não faria o mesmo ruído.
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-Ruído?
-Seria eléctrico.
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Teria cordas mais amplas, trompas,
fagotes computorizados.
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-Um homem não é uma orquestra.
-Quem as quer?
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Podemos fazer tudo com teclas,
amplificador e energia.
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Vai tocar sozinho?
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Não preciso de outros.
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Isso não é música, Martelli.
É masturbacão.
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Sabes, não sou naturalmente
graciosa.
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Não é coisa de família.
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São os nossos genes.
Trabalhei tanto para chegar aqui.
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-Ando nisto desde os 4 anos.
-Também eu.
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Comecei pelo sapateado.
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Mas a minha mãe só me comprava
tutus, e vidrei-me nisto.
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Menos conversa, Monroe!
Mais empenho!
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-É uma cabra.
-Odeia-me.
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É uma aula de dança, Lisa,
não um plano do Charles Atlas.
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-Cala-te.
-A malha?
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Já disse que me esqueci dela.
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Que conversa é aquela?
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A malha. Não a quer usar.
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Leroy, já te disse.
Sem malha, não danças! Rua!