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Já deve ter chegado à América.
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Deixei-o ir.
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Tive de o deixar ir. Mas não quer ouvir
falar da fazenda, pois não?
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- Tem algum botão?
- O que está a fazer?
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- A cerzir a sua camisa.
- Não o faça.
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Não faça isso.
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Não tem de fazer isso.
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Talvez tente Samburu
depois de amanhã.
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Mas acabou de chegar.
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Sabe,
a Felicity pediu-me para ir...
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e eu quase que disse que não
porque pensei que você não gostaria.
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- Não há razão para ela não ir.
- Há, sim. Eu não gostaria.
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Você quer que ela vá?
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Quero que coisas que não importam,
não importem.
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- Então diga-lhe não. Faça-o por mim.
- E depois? O que se seguiria?
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Por que é que a sua liberdade
é mais importante do que a minha?
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Não é. E nunca interferi
com a sua liberdade.
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Não. Não me permite que o queira.
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Ou que dependa de si,
ou que espere algo de si.
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Sou livre de partir.
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- Mas eu preciso tanto de si.
- Você não precisa de mim.
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Se eu morrer, você morrerá?
Não precisa de mim.
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Está confusa. Confundiu precisar
com querer. Sempre confundiu.
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Meu Deus. Num mundo concebido por si,
não haveria lugar nenhum para o amor.
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Ou para o melhor.
Aquele que não precisa de prova.
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- Então vai viver na lua.
- Porquê? Só por não estar de acordo?
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Estamos a presumir que há uma maneira
certa para isto tudo?
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Acha que gosto da Felicity?
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Pensa que eu me envolveria com ela?
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- Então não há razão para tudo isto.
- Se ela não é importante...
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por que não desiste que ela vá?
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Aprendi uma coisa
que você não aprendeu.
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Há coisas que vale a pena ter...
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mas paga-se um preço,
e eu quero ser uma delas.
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Não o permitirei.