Cyrano de Bergerac
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Falando brasão, falando Bastonha.
Estes são os cadetes de Gasconha.

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De Carbon de Castel-Jaloux!
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Olho de Águia,
perna de cegonha!

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Bigode de gato,
dentes de lobo.

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De glória a sua alma
se embriaga.

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Fura-Bandulho
e Parte-Trombas.

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São as suas alcunhas
mais simpáticas.

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Em todos os lugares
onde se metem,

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marcam encontros para depois...
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São estes os cadetes
de Gasconha...

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Que fazem cornudos
todos os ciumentos!

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Hoje, ter um poeta é um luxo.
Quereis ser meu?

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Não, senhor, de ninguém.
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Poderíeis divertir
o meu tio Richelieu.

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E eu quero ser útil
para ele.

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Deus Todo-poderoso!
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Rimastes certamente
cinco actos, não foi?

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Sim, uma tragédia.
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- Chamada?
- Agripina.

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- Levai-lha.
- De verdade?

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Ele é um dos mais experientes.
Só vos corrigirá alguns versos...

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Impossível, senhor.
Coagula-se-me o sangue

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só de pensar que me podem
mudar uma vírgula.

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- Sois orgulhoso.
- É verdade, já reparastes?

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Olha, Cyrano!
A estranha caça de penas

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que arranjámos esta manhã,
no cais!

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- Os chapéus de fugitivos!...
- Os restos das vítimas!

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Quem pagou a estes patifes,
deve estar hoje cheio de raiva.

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- Sabe-se quem é?
- Sou eu.

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Tinha-os encarregado
de castigar,

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tarefa que não faria
eu próprio,

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um versejador bêbedo.
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- Grande autor de canções!
- Vós deste-vos ao luxo...

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Senhor, quereis devolvê-los
aos vossos amigos?

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Vós deste-vos ao luxo de contrariar
os meus projectos.

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- Projectos de assassinar?
- O insolente!

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Embainhem a espada!
Chega! Vamos!

:44:44
Saiam daqui! Saiam!
:44:53
Senhor, uma pergunta.
Lestes o Dom Quixote?

:44:57
Li-o, e tiro o chapéu
diante desse louco.

:44:59
Devíeis, então, meditar um pouco
se não vos desagrada,


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