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Eu dizia então...
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C'os demónios...
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que não se via nada.
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E eu caminhava, imaginando que
por causa de um pobre diabo,
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ia chatear um grande,
algum príncipe,
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que me atacaria certamente...
- No nariz...
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Num dente...
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Que me partiria um dente...
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e que em suma, imprudente,
eu ia meter...
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- O nariz...
- O dedo!...
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... entre a casca e a árvore,
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porque esse podia ter força
para me dar...
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- No nariz...
- Nos dedos!
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Mas eu repetia:
Anda, Gascão, faz o teu dever!
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Avanço e, de repente,
encontro-me...
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- Nariz a nariz...
- Frente a frente!
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Sim! Com cem zaragateiros
enraivecidos que fediam...
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- Do nariz!
- A cebola e a alho!
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Saltei, de cabeça baixa...
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- Nariz ao vento!
- E passo ao ataque! Atinjo dois!
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Empalo um, vivo!
Alguém me acerta.
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E eu respondo...
:51:00
Raios! Saiam todos!
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É o despertar do tigre!
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Saiam! Deixem-me só
com este homem!
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Irra! Vamos encontrá-lo
feito em picado!
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- Morro de pavor!
- Migalhas de cadete.
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Infelicidade!
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- Abraça-me!
- Senhor...
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Bravo. Muito valente.
Isso agrada-me.
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- Estais a dizer-me?...
- Que me abraces. Sou seu irmão.
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- De quem?
- Dela!
:51:29
Mas de Roxane!
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Meu Deus!
Vós seu irmão?
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Ou como se fosse:
um primo fraternal.
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- Ela?
- Disse-me tudo!
:51:38
- E ama-me?
- Talvez.
:51:41
Como estou feliz, senhor,
por vos conhecer!
:51:43
Eis o que se chama
um sentimento repentino.
:51:46
Perdoai-me...
:51:48
Não há dúvida que é belo,
o cretino!
:51:50
Roxane espera esta noite
uma carta tua.
:51:53
- Não! É impossível...
- Impossível? Porquê?
:51:56
Porque sou idiota
de morrer de vergonha.