:22:01
Em miúdo,
era tão pobre que pensava
:22:04
que "Não é para venda"
era uma marca.
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- Eu bati.
- E eu mandei entrar?
:22:11
Não vale a pena discutir.
Desculpe.
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- Posso sentar-me?
- Pediu com bons modos.
:22:20
É novamente a mesma pergunta,
Sra. Little.
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- Desde a morte do seu marido...
- Homicídio.
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...põe-se a questão de saber se pode
educar os seus filhos sozinha.
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Estes são os meus filhos.
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São meus e não há dúvidas.
:22:40
Às vezes, a franqueza
é o melhor caminho.
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Todos os seus filhos
são delinquentes.
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E um deles, pelo menos,
o Malcolm, é ladrão.
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Ponha-se na rua!
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O seu controlo
sobre os seus filhos é nulo.
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Não ouviu?
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Vai arrepender-se disto.
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Se não desandar,
nem se pode arrepender.
:23:07
Fomos todos distribuídos.
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Se alguma família
foi destruída
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por um departamento
do Estado foi a nossa.
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Mandaram-me viver
para casa duma mulher.
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Este é o teu quarto.
Quero-o sempre limpo.
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A Sra. Swerlin.
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Rapazes, este é o Malcolm,
o nosso novo hóspede.
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Vamos tratá-lo como irmão.
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Eu era especial.
O único miúdo de cor da classe.
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Passei a ser a mascote,
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uma espécie
de cãozinho cor-de-rosa.
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Chamavam-me preto
tantas vezes
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que julgava que era o meu nome.
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Falavam de mim como
de um animal de estimação
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que não estivesse presente.
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O importante é ser-se realista.
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Sabes que todos
gostamos de ti.
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Ser advogado não é uma ideia
realista para um negro.