Pulp Fiction
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:00:19
Pulp (polpa, pasta) 1- Matéria
macia, húmida, sem forma.

:00:23
2- Revista ou livro contendo literatura
lúgubre, impressa de propósito em papel mal-acabado e rugoso.

:00:35
Esquece, é muito arriscado,
acabei com essas merdas.

:00:40
Tu dizes sempre a mesma coisa:
:00:43
"Acabou-se, nunca mais, é muito perigoso"...
:00:47
Eu sei que digo sempre.
E tenho sempre razão.

:00:49
Mas uns dias depois já esqueceste.
:00:52
Pois os esquecimentos acabaram-se
e deram lugar ãs memórias.

:00:57
Sabes o que pareces, quando te pões assim?
:00:59
Sei, um gajo sensato.
:01:02
Pareces um pato.
Cuá, cuá, cuá...

:01:04
Anima-te, não voltas a ouvir;
como nunca mais faço aquilo,

:01:09
nunca mais me ouves grasnar
que nunca mais faço.

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Depois de hoje?
:01:13
Pois, ainda tenho uma noite para grasnar.
:01:17
Alguém deseja mais café?
:01:22
Sim, muito obrigada.
:01:28
Como estão as coisas, o risco
é o mesmo de roubar um banco.

:01:33
O risco é maior,
bancos são mais fáceis.

:01:35
Os bancos não tentam deter
os ladrões, durante um assalto;

:01:39
estão no seguro, querem lá saber.
Nem é preciso levar armas.

:01:44
Sei dum mano que entrou num
com um telemóvel.

:01:49
Deu-o ao caixa e do outro lado,
diz outro mano:

:01:52
"Temos a filha desse gajo;
:01:54
dá-lhe o dinheiro todo
ou a miúda morre".

:01:57
E resultou?
- Podes apostar!

:01:59
Um palerma entra por ali
só com um telemóvel,


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