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O que é suposto fazermos?
O que queres fazer?
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Queres ficar como estás?
Não podes fazer isso.
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Ouve, duas pessoas que não se dão bem,
alguma vez tem de acabar.
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Não é da minha conta, mas penso
que é o que tens de fazer.
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Tens razão.
Eu sei.
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- Estava apenas...
- O quê? O quê?
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- Nada.
- O que é que ias dizer?
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- Nada.
- Diz o que estavas para dizer.
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- Sim?
- Sim.
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Estava a pensar que talvez
conhecesses alguém no banco...
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Que me pudesse ajudar
a tirar as minhas jóias?
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Está muito dinheiro ali.
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Estaria disposta a cuidar
de quem me ajudasse.
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- Deixa-me pensar sobre disso.
- Está bem.
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Deixa-me ver quem é que tenho. Tenho de arranjar
alguém em quem possa confiar, percebes?
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Sabes que ele nunca me
vai devolver as jóias.
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Ele guarda tão bem aquela chave,
que provavelmente a enfiou pelo cu acima.
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Tens razão. O Sammy é assim.
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E provavelmente
fê-lo mesmo.
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Ele tem tanta sorte.
Podia tê-lo enterrado.
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Podia ter ido para a Europa
e levado a bebé.
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- E depois ele teria seguido-me e mandado matar-me.
- Não, não tinha.
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Eu teria.
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- Ele tinha esse direito. A sério.
- Ora.
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- Não agarras num filho dum gajo e desapareces.
- Não o fiz.
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Quer dizer, fiz, mas depois fiz exactamente
o que me disseste para fazer, e voltei.
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- Fizeste. Tens razão. Fizeste. Gosto disso.
- Exactamente o que disseste.
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- É o que eu gosto em ti. Fizeste a coisa certa.
- Fiz o que me disseste.
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- Sim, fizeste.
- Porque sempre me dizes qual a melhor coisa a fazer.
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Sim.
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Ele fodeu-se mesmo aqui,
não foi?
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- Foi mesmo.
- Subiu-lhe tudo à cabeça.
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- Mudado.
- Mudado.
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- Ele mudou. Ele já não é a mesma pessoa.
- Não, não é.