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Nunca conheci um bufo
e espero nunca conhecer.
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Mas o modo como o representou...
Deve ser mesmo assim.
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Duas semanas antes
de começarmos a filmar,
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fui a Bensonhurst
para os ouvir falar.
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Sou italiano,
mas cresci em Tarzana.
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Queria apanhar o ritmo
do vosso modo de falar.
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Nós falamos de outro modo?
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É mais uma questão
de atitude, de tom.
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Os vossos padröes vocálicos
mostram auto-confiança,
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uma indiferença às opiniöes
convencionais.
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- Estamo-nos nas tintas.
- É mais ou menos isso.
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Quando consegui
o som autêntico do discurso,
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o ritmo, o "patois",
comecei a pensar como eles.
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A sério?
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Eu sou um deles.
O que estou a pensar?
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Não me leve a mal,
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mas isto não é uma metamorfose.
Ou não seria representar.
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- Sabe o que estou a pensar?
- Não. Mas estou curioso.
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Quer saber o que penso?
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- Se quiser dizer-me...
- Estou a pensar num filme.
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- Dos meus?
- Não. Do que vou produzir.
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Com quê... com dinheiro sujo?
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Se calhar não foi boa ideia
termos vindo.
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Já não estou ligado a isso.
Deixei os negócios ilegais.
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- A pressão foi de mais?
- Quem pressionava era eu.
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Posso fazer uma pergunta?
Você é actor, gosta de fingir.
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Temos reputação disso.
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Então finja isto...
Você é um agiota.
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Um tipo deve-lhe $1 5 mil...
e foge da cidade.
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O que faria?
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Por amor de Deus...