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Típico.
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Não conseguem comprar-me,
e tentam comprar um amigo.
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Muita gente acha que
esta terra aqui pertence à ferrovia.
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Mas não é. É da Igreja.
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Da Igreja?
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- É da Fundação Rushman.
- Exacto.
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- E de mais um bando de empreiteiros.
- Inclusive o John Shaughnessy.
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Eles compraram a terra e os prédios
em volta da terra da Igreja...
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...e derrubaram tudo.
O nosso bairro ia desaparecer.
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Fui falar com o arcebispo e disse-lhe:
"O que está a fazer com esta gente?"
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"São pobres. Estão a ser
expulsos dos seus lares."
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- "E são católicos."
- Minha nossa.
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Ele ouviu-me.
Eu nem acreditei.
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Ele mandou parar as construções
à volta das terras da Igreja.
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Os sócios têm prédios não-demolíveis e
terras nas quais não podem construir.
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O Shaughnessy perdeu milhões.
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- Se precisar, testemunha?
- Quem? Eu?
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Ah, sim. Fácil.
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Tiro esta roupa, ponho um chapéu dos
Brooks Brothers, sapato fechado...
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Tu, não, Joey.
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Claro.
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Eu testemunho.
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Sabe o que esse pessoal acha?
Que a cidade administra-se sozinha.
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Acham que ela acorda, que trabalha
e depois volta a dormir, como nós.
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Não sabem o que é preciso para
que ela não entre em colapso.
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Crime, incêndios, tumultos.
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Os sistemas de água explodindo no
subsolo... Que merda de confusão!
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E o responsável chamou o
empreiteiro que os construíu?
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Não, ele chama-me a mim.
Todos chamam-me a mim.
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Meu Deus, que delícia.
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Chamam-me porque mantenho
a paz. Esse é o meu trabalho.