1:10:00
Eu sou o único que acredita em ti,
e estou quase a mudar de ideias.
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Então, quero que desabafes tudo.
Aqui e agora mesmo.
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Sublinhaste aquele livro?
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Olha para mim.
Sublinhaste aquele livro?
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- Não, não sublinhei.
- Não acredito.
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- É tudo tretas.
- Eu já lhe disse...
1:10:20
Não acredito!
Eu vi a cassete!
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Eu vi a cassete. Sei o que ele
te fez e quero que me contes tudo.
1:10:28
Não! Não!
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Não faças isso.
Quero que me contes a verdade.
1:10:33
- Mastaste-o, merda! Foste tu!
- Não!
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Estás a mentir! Foste tu!
Diz-me a verdade. Não mintas.
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Seu canalha! Mataste-o!
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- Seu filho da mãe! Mataste-o!
- Não!
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O que queres de mim agora?
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Pára de chorar! Não percebo uma
única palavra do que estás a dizer.
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Seu maricas! Metes-me nojo!
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- Mas que merda! Quem diabo é você?
- Quem diabo és tu?
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Esta cela é minha!
Quem diabo é você?
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Já lhe topei.
Você é o advogado.
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É o advogado dele, não é?
Com esse fato jeitoso. Já ouvi falar de si.
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Ora, ora, fodeu tudo,
não é, doutor?
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Parece-me a mim que vão meter tanto veneno
no Aaron que até lhe vai sair pelos olhos!
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- Onde está o Aaron?
- Deve estar a chorar num canto qualquer.
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Você assustou-o!
Agora, o negócio é comigo, meu.
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Devia-lhe dar uma surra.
Olhe para mim.
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Faz-te de durão em frente do Aaron
outra vez e parto-te em dois!
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- Estás a entender-me?
- Entendi, sim.
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Quando o Aaron fica em apuros chama-te a ti.
És o homem.
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O Aaron nem mataria
uma mosca.
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Já o viu com o "da-da-da".
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Pois.
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Meu Deus,
ele não aguenta nada.
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Não aguentou
todo aquele sangue do padre.
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Se ele fizesse o que eu mandei,
não estaríamos nesta porcaria...
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Mas ele assustou-se, e... "da".