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Chama-me doido,
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mas faz-me espécie
beber pelo ânus de outra criatura.
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Como queiras.
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Cá para mim hoje vale tudo.
Aproxima-se a inspecção real.
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Quer dizer que vais ter de ficar
especado como um idiota
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enquanto um bando de aristocratas
te lança uns sorrisos afectados?
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Não sei como aguentas.
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Z, conheço-te há muito
tempo, certo?
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Sim, senhor. Nasceste
2 segundos depois de mim.
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E desde a nossa infância
que te oiço queixares-te.
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Qual é o motivo dessa resmunguice?
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Caso não tenhas reparado, nós,
as formigas, mandamos nisto tudo.
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Somos os senhores da Terra!
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Não me fales em terra,
está bem?
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Passei o dia inteiro a arrastá-la
de um lado para o outro!
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Tem de haver um sítio
melhor que este.
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E há.
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Já lá estive.
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Desculpe, está a falar comigo?
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Há um sítio melhor.
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Insectopia.
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Não me diga!?
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Lunático às três horas!
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Não compreenderás até veres
aquilo pelos teus próprios olhos.
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Lá, cada formiga
é dona de si própria.
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As ruas estão cobertas de comida.
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Ninguém te diz o que tens de fazer.
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Não há guerras!
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Não há colónia.
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Não me devia ter vindo embora.
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Pois, fascinante!
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Fazia parte de uma missão
de reconhecimento
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e perdi-me dos outros.
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Não há nada como um choquezinho
pós-traumático para acabar o dia!
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Foi então que a vi! A insectopia!
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Vai-se em direcção ao monólito.
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10 Kms depois dos grandes
desfiladeiro
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até à terra do vermelho e branco.
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Então, avôzinho, já chega por hoje.
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Vamos, antes que te metas
em sarilhos.
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Vai em direcção ao monólito!
Escuta o que te digo.
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O monólito.
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Aquele tipo
tem um parafuso a menos.
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- Do outro lado do rio.
- Insectopia.
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Não seria maravilhoso
se fosse assim tão fácil?
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Bem podes sonhar, Z.
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Procura a terra
do vermelho e branco!
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Isto é tão...
realisticamente escabroso!