:15:00
Meteste-me um cagaço.
Vês? Já está.
:15:03
Calado. Cala-te já.
:15:06
Abres a boca e deixo-te aqui
na estrada. Percebido?
:15:10
Está bem, está bem.
:15:14
Pára. Abranda.
:15:17
Calado. Estou a ouvir-te. Calado.
:15:19
Estou a ficar sem bigodes.
:15:21
Mais uma palavra e paro,
deixo-te a ti e à gaiola no campo.
:15:27
E vejo se falas com os esquilos
a darem-te uma sova.
:15:30
Óptimo, então eu canto.
:15:36
- Sabes disso.
- Vou aumentar o volume do rádio.
:15:40
- Não consigo ouvir. Estou a curtir.
- Vá. Deixa-me entrar.
:15:42
Porque me chamam de porco-da-índia?
Não sou indiano e não sou porco.
:15:52
Avô, o papá aprendeu
contigo a ser mandão?
:15:55
Maya, não fales assim com o avô.
:15:58
Ele não saiu à mãe,
que Deus a tenha em paz.
:16:02
Um dia aprendes que por vezes
os teus pais sabem o que fazem.
:16:12
- Consegui.
- Papá, que faz o Rodney no tejadilho?
:16:16
O ar fresco vai fazer-lhe bem, querida.
:16:19
- Ei.
- Estás bem?
:16:21
Óptimo.
:16:22
- Papá...
- Doido.
:16:24
Pai, ainda temos aquelas pistolas
com que eu costumava brincar?
:16:26
- Louco.
- Pistolas?
:16:29
Psicopata.
:16:30
- Filho, julgo que precisas de férias.
- E vou tirar umas também.
:16:34
lsto é belo. Desculpa, querida.
Como se chama essa dança?
:16:42
Livremo-nos do rato da Maya.
:16:44
É um porquinho-da-índia.
Não sei porque te incomoda tanto.
:16:49
Eu trato dele. Acho...
:16:59
Ele não me incomoda. Nem um pouco.